sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Tem de se lutar pela liberdade de expressão na internet

Viver é lutar pelo que se acredita, um dia uma menina começou a tocar violão, filha de um grande produtor musical, era de se esperar que ela trilhasse o caminho do sucesso. Canta bem, toca bem também, mas ela não queria ser reconhecida com uma grande voz, ou uma grande instrumentista, ou se tornar uma grande atriz, na verdade ela queria trabalhar para as crianças. Não era loira, não tinha programa de TV, para muitos, seu talento ia se perder, por causa de sua escolha errada, trabalhar para crianças longe dos holofotes da grande mídia é a certeza do ostracismo.
Só que dentro dela tem um espirito igual ao meu, cheio de vontade, e de capacidade, para viver pelo que se acredita. Ela não só sobreviveu com se realizou com seu trabalho. Muita gente nunca ouviu falar, mas ela é conhecida em vários Países, não pela grande mídia, mas por muitas crianças.
Responsável direta na formação de muita gente, que a acompanha desde sua infância. É impressionante ver em seus shows, como adultos cantam e ainda participam de músicas que conheceram quando ainda eram crianças.
Eu a conheci na Bienal do Livro de São Paulo em 2014, e voltei a vê-la na Bienal de 2016, fizemos uma entrevista novamente, e desta vez gravei seu show na Bienal. Nesta apresentação ela usou um playblack, e quando fui colocar no Youtube, veio a proibição do uso de sua música. Contestei afinal a entrevista é com a própria artista, o trabalho jornalístico ficaria à mercê da vontade de quem comanda esta parte do Youtube.
Comuniquei o problema a artista, e fiquei esperando que o Youtube vendo o vídeo, entendesse que a entrevista e os trechos do show somam para a divulgação do próprio artista, e que eu não estou lucrando com o vídeo, e colocassem um ponto final na questão.
Ontem eles se manifestaram, informando que deveria permitir a monetização do vídeo pela editora músical, e caso eu insistisse, que iniciasse uma nova disputa. Foi o que fiz, e resolvi comunicar outro problema, e abrir para todos o que está acontecendo.
A monetização pode ficar para eles, mas a dignidade, a ética e o respeito ao meu trabalho eu quero, por isso a disputa continua.....

A contestação enviada ao Youtube


A contestação tem por objetivo preservar meu direito de dentro do meu trabalho jornalístico de entrevistar qualquer músico e poder usar as suas músicas para a devida promoção do artista, e da entrevista. A contestação não se baseia em proibir a monetização pelo entrevistado do vídeo, e sim na liberdade de trabalho do jornalismo que é incontestável, tanto no País de origem do Youtube, como no Brasil, por isso contesto, para ter a liberdade de entrevistar qualquer pessoa, sem sofrer ardis que censurem meu trabalho. Por exijo que vocês levem esta contestação para a The Orchard Music, para que se esclareça de vez o que é uso indevido, abuso, e desrespeito ao autor, ou um complemento de um trabalho que valoriza, e promove o direito autoral que eles cuidam para ser respeitado. Lembrando que se o autor não quisesse conceder a entrevista, e nem permitido a gravação de sua apresentação, o vídeo não teria sido feito. A Celelê é o motivo central do vídeo, porque proibir o uso de sua música? Será que daqui para frente tenho de entrevistar um artista, e usar música de outro que esteja liberado por vocês? Tem coisas no Youtube que não entendo, bastava ver que a entrevista é com quem canta a música, e nada disto seria preciso, e aproveito para pedir explicações, não é a primeira vez que acontece, mas quero entender como se desvê um vídeo? Acontece principalmente quando o tema da matéria do vídeo é sobre política, de repente o número de acesso que vocês registram muda para menos, entendo a censura política, por isso não ligo para este registro, só que agora acompanhando este caso vi outro dia neste vídeo 64 acessos, e há dias está congelado em 27, inclusive com a entrada de um comentário, quer dizer a pessoa não viu mas comentou que o vídeo está legal. Se você curte, ou gosta, tem como voltar atrás, agora não sei como mudar o registro de que vi para alegar que não vi. Será por causa da disputa? Não me interessa a monetização de minha página já que com os diversos desvi eu nunca vou receber nada, mas tive de aceitar, pois prendia estreitar meus laços com o Google, no entanto o desvê e a disputa de Direitos sobre o Direito de um entrevistado, só me afastam de futuros negócios. Aguardo ansiosamente a resposta de The Orchard Music.
Obs. Publicando em todas as minhas redes sociais.
Carlos Senna Jr.
MTB JP 32447/RJ

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